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A mostrar mensagens de fevereiro 18, 2024

SAUDADE(José Esteves)

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  Tudo se resume a uma só palavra, Saudade. Naquela manhã assomava na janela a imagem do teu rosto, marcado pelas vastas primaveras que passaram por ti meu amor. De cabelo matizado no tom da seara de trigo maduro, uma brisa levantou uma madeixa de teu cabelo, cor de fios de ouro. No rosto trazias a marca do meu beijo, do batom vermelho cor da chama do desejo. Às pétalas das "papoilas" desbotadas, que o tempo esqueceu, era a cor da tua tez e o sol mergulhava, para além de tudo, que os meus olhos podiam alcançar. Fui cúmplice do nascer ao anoitecer, dos momentos que outrora foram tempos, foram sol e lua, depois adormeciam na penumbra do quarto cansados. Olhei o poente demoradamente, lamentei num simples reflexo de candura, tudo o que foi o nosso último encontro, meu Amor.

Manuel Alves da Silva

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Hoje fui almoçar com um dos meus professores, que me passa quase toda a informação que guardo dentro peito. Talvez com medo que esta se perca, no meio de tanta e tão boa informação da nossa família. Este professor que não é um qualquer das dezenas que tive a sote de ter na minha vida de aluno, mas sim o professor lá de casa, sabem o que me levou para Metangula, Moçambique; o que me dá aulas de graça e puxa pelo novelo e lá vem mais uma! Que lindo é ver aluno e professor tão concentrados que nem um bom cozido trazido pelo padre da nossa aldeia nos tira de tão lindos episódios de histórias sem fim. Então lá estivemos a passar em revista como é que Metangula viu os primeiros Marinheiros a chegar ao grande lago Niassa, como é que lá foram parar as lanchas, não fazem uma pequena ideia do trabalho! Até que chegamos à independência e tivemos que entregar as lanchas! Duas foram para o Malawi, como bons vizinhos, e as outras ficaram entregues aos novos donos do lago, o mesmo é dizer Combatentes

Os meus netos

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  Espera texto Clara Alves da Silva Clisson 30 de Março de 2016 Almoço em Tomar em 2014 Vasco Alves da Silva xxxxx 27 de Abril de 2022 Rita Alves da Silva Clisson 8 de Agosto de 2022

História de um menino

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  História de um menino Corria o ano de 1957, e no lugar do Outeiro uma mãe dava à luz mais um seu filho querido, era o seu décimo herdeiro. Em 1961, com quatro anos apenas, este menino mudou-se com toda a sua família para Touguinha. Aos sete anos entra para a escola primária da aldeia e no meio de tantos meninos, foi aqui que aprendeu a ler. Aos onze anos vai estudar para Vila do Conde, dos seus colegas ninguém o acompanhou Passados dois anos de quinta e sexta classe o menino queria aprender alguma técnica, mas por engano foi inscrito no curso geral dos liceus. Este menino com apenas 13 anos, já sabia o que queria prá sua vida, era estudar numa escola técnica e foi isso que fez de imediato, anulou a matrícula na escola Rocha Peixoto onde alguém o escrevera e bora para a novíssima escola Técnica de Vila do Conde. Passados três lindos anos a estudar, bora trabalhar que os seus irmãos também trabalham e foi ele próprio arranjar o seu primeiro emprego, neste caso no Celso Po

Senti o corpo tremer

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  SENTI O CORPO TREMER ( escrito na sala de estar do ipo, enquanto aguardava)   Senti o corpo tremer Tão grande era a emoção, Não sei se foi de te ver Se foi de amor ou prazer Ou se foi de uma grande aflição.   Olhei pela janela e não te vi Vim a correr cá pra fora Foi desamor que senti E fui-me logo embora.   Convidei-te pra passear Pra irmos os dois ver o mar E tu do Porto nem saíste E nunca mais me viste Só depois de eu voltar.   Às quatro da madrugada Sonhaste comigo ali E eu a dormir aqui Não muito longe de ti.   Espero que vás embora Desta enfermaria do Porto E por esta porta fora Vou eu que não sou torto.   Benvinda a minha casa Será sempre o teu poleiro Se gostares muito de mim Prometo ser um gajo porreiro.

Datas importantes da minha vida

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Catarina Santana

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37 anos de vida, e que vida! Nasceu em 14 de outubro de 1986. É mesmo de Touguinha, nascida e criada.   É a filha mais nova da minha mana Prazeres e do José Santana. É irmã do Bruno e do Artur Santana. Esta menina na flor da idade, profissionalmente é uma grande mulher, senão vejamos o seu percurso profissional! Muito cedo foi aturar os meninos dos outros, estou é claro a referir-me aos tempos em que era funcionária da creche do centro de Touguinha. Depois de uns anos achou que podia voar mais alto as suas asas bateram, bateram e foi ter à porta do Colégio S. José em Vila do Conde, onde andava a sua primaça Clara e agora onde anda também a Rita. Neste colégio toda a gente gostava da sua energia, onde ela meter as mãos, nada fica na mesma. Era levar os meninos à escola, à praia, à piscina e eu sei lá aonde mais. Mas estar sempre no mesmo lugar não faz o género desta minha sobrinha e toca de dar corda aos sapatos e onde é que ela está agora, imaginem! Na Associação Humani