Mário Soares!
Mário Soares
Mário Alberto Nobre Lopes Soares
Nasceu em Lisboa a 7 de dezembro de 1924, onde morreu em 7 de janeiro de
2017.
Pais: João Lopes Soares (ministro das Colónias - 1925; proprietário do
Colégio Moderno); Elisa Nobre Baptista.
Cônjuge: Maria de Jesus Barroso.
Formação: Colégio Moderno, 1935-1942; Faculdade de Letras da Universidade
de Lisboa, 1942-1951 (licenciatura em Histórico-Filosóficas); Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa, 1952-1957 (licenciatura em Direito).
CARREIRA
Profissão: advogado (desde 1957).
Cargos: Direção Académica das Juventudes Comunistas de Lisboa
(1944-45);presidente do MUD juvenil (Movimento de Unidade Democrática)
(1945-1948); secretário do general Norton de Matos (1949);Comissão Central de
Apoio a Humberto Delgado (1958);ASP (Ação Socialista portuguesa) (1964-1973);
cabeça de lista da CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática)-Lisboa
(1969);professor nas Universidades de Vincennes e Rennes
(1970-1974);Secretário-geral do PS (Partido Socialista) (1973-1985);
vice-presidente da Internacional Socialista (1974-1985); ministro dos Negócios
Estrangeiros (I-II Governos Provisórios); ministro sem pasta (III-IV Governos
Provisório, 1974-1975); primeiro-ministro (I e II Governos Constitucionais,
1976-1978 e IX Governo Constitucional, 1983-1985);presidente da Fundação Mário
Soares e conselheiro de Estado (1996).
ELEIÇÕES E PERÍODO PRESIDENCIAL
A 26.01.1986 na 1.ª volta das eleições presidenciais Mário
Soares obtém 25,43% (1 443 683 votos), face aos 46,31% (2 629 597 votos) de
Freitas do Amaral, 20,88% (1 185 867 votos) de Salgado Zenha e 7,38% (418 961
votos) de Lurdes Pintassilgo. Mário Soares é eleito (51,18% - 3 010 756 votos)
à 2.ª volta a 16.2.1986, derrotando Freitas do Amaral (48,82% - 2 872 064
votos).
Foi reeleito a 13.01.1991 (70,35% - 3,459 521 votos). Os
candidatos derrotados foram Basílio Horta (14,16% - 696 379 votos), Carlos
Carvalhas (12,92% - 635 373 votos), e Carlos Marques (2,57% - 26 581 votos).
Foi Presidente da República de 9 de março de 1986 a 9 de março
de 1996.
Regressa logo a seguir ao 25 de Abril, sendo triunfalmente
acolhido em Santa Apolónia (28.04.1974). Derrotou no primeiro congresso legal
(13 a 15.12.1974) a corrente esquerdista no interior do próprio PS, e passou a
concentrar interna e externamente grande parte das forças determinadas em
evitar um triunfo do PCP ou das correntes terceiro-mundistas. Isto num processo
que teve os seus momentos centrais: na vitória do PS nas eleições para a
Assembleia Constituinte (25.04.1975) e a 1.ª legislatura (25.04.1976), na
manifestação da Fonte Luminosa (02.05.1975), que mostraram ser o PS o maior
partido, nas urnas e nas ruas. O processo político-militar acelerara-se com o
caso República (19.05.1975); o “Documento dos Nove” (19.06.1975); e a saída de
Soares e dos restantes ministros PS (21.06.1975) do Governo Provisório,
seguidos dos do PSD (23.06.1975); com clara coordenação entre ele e esses
militares moderados (e.g. manifestação PS na Alameda a 23.11.1975) em apoio do
“Grupo dos Nove”.
A normalização começa com o 25 de novembro de 1975 e a eleição
de Ramalho Eanes com o apoio de Soares e do PS; que por sua vez nomeia Mário
Soares como ministro do I (23.07.1976) e II Governos Constitucionais
(30.01.1978). Inicia-se assim uma relação política, cada vez mais tensa, até à
rutura definitiva de finais de 1980; levando Soares, que não conseguiu
convencer o resto da direção do partido a retirar o apoio à recandidatura de
Eanes, a autossuspender-se (19.10.1980 a 10.12.1980) das funções de secretário-geral
do PS. A revisão constitucional dos poderes presidenciais (12.08.1982), pelo
PS-PSD-CDS, por si promovida, foi a sua resposta ao problema. Soares vem ainda
a presidir ao governo do “bloco central” (junho de 1983) que termina no dia
seguinte à assinatura do tratado que concretiza aquele que desde 1976 fora o
seu grande projeto político: a adesão à CEE (12.06.1985). A impopularidade
provocada pela política de austeridade seguida durante esse período levou:
1) O PS à sua maior derrota de sempre, nas legislativas de 6 de
outubro de 1985 - em que já tinha sido substituído, como secretário-geral, na
mesma data (27.07.1985) em que anunciara publicamente a sua intenção de se
candidatar à Presidência da República;
2) A que as primeiras sondagens presidenciais lhe atribuíssem
apenas cerca de 8% das intenções de voto. Acabou, no entanto, por vencer as
mais disputadas eleições presidenciais portuguesas. Na primeira volta
(26.01.1986) obtém 25,4%, face aos 46,3% de Freitas do Amaral, mas foi o
suficiente para ultrapassar os 20,9% do terceiro classificado (o seu antigo
braço-direito, agora candidato eanista, Salgado Zenha), e passar à segunda
volta. Nesta vence - por uma margem de 2% - Freitas do Amaral. No discurso da
vitória, nessa mesma noite, afirma-se Presidente de “todos os portugueses”,
numa estratégia de pacificação dos ânimos, bipolarizadíssimos pela campanha, e
realçou também ser o primeiro Presidente civil, em sessenta anos.
Os seus dois mandatos foram marcados pela chamada coabitação,
i.e: um presidente socialista, um governo PSD; ou, mais concretamente, pela
relação política do Presidente Mário Soares, com o primeiro-ministro Aníbal
Cavaco Silva (1985-1995). Este fora o responsável pela queda do “bloco central”
e um apoio fundamental de Freitas do Amaral, o que pareceria pouco auspicioso
para o bom funcionamento dessa relação. No entanto, quando (03.04.1987) o
governo minoritário de Cavaco Silva cai, Soares apercebendo-se da popularidade
deste, e sem simpatia por um governo coligando o PS com o PRD (Partido
Renovador Democrático), que lhe parecia frágil e podendo motivar acusações de
falta de isenção, convocou eleições antecipadas (28.04.1987), que dão ao PSD
(Partido Social Democrata), a primeira de duas maiorias absolutas no
Parlamento. Durante esse XI Governo Constitucional, nem Cavaco nem Soares
parecem desejar, numa conjuntura muito favorável, envolver-se em conflitos. A
estabilidade era importante na perspetiva de eleições que quer um quer outro
iriam enfrentar. O Presidente Soares, desencadeia a iniciativa inovadora das
“Presidências Abertas”, transferindo simbolicamente o poder presidencial para
capitais de distrito de norte a sul, com enorme sucesso mediático e popular e
em que se destaca a sua empatia com as populações e os media, o que leva alguns
a criticá-las como sendo uma espécie de campanha eleitoral contínua. Esta
primeira fase da coabitação - relativamente pacífica - mereceu o apoio da
maioria do eleitorado, o que foi notório, na nova maioria absoluta do PSD nas
legislativas de 1991 e na vitória esmagadora de Soares apoiado pelo próprio PSD
nas presidenciais de janeiro de 1991.
Inicia-se então nova fase - mais conflituosa - da coabitação. O
Presidente Soares não mais podia ser reeleito e fora-o por uma enorme margem -
e não já os 2% de 1986 - estava portanto menos condicionado nas suas ações de
“árbitro”. A conjuntura degrada-se, a economia resvala para a recessão, e as
tensões sociais crescem culminando no gigantesco protesto, na Ponte 25 de
Abril, conhecido por “Buzinão” (junho de 1994). O XII Governo Constitucional
reage com reafirmações da sua autoridade face ao que considera como formas
ilegítimas de a pôr em causa. Enquanto o Presidente Soares afirma haver
sintomas de preocupante governamentalização. Por sua vez, quando o Presidente
da República veta, ou envia ao Tribunal Constitucional legislação sensível -
e.g. Lei dos Disponíveis (junho de 1992); leis dos Despedimentos e do Asilo
(agosto de 1992) - isso foi visto e denunciado pelo PSD como uma forma indevida
de bloqueio na esfera de ação própria do Governo. Mas, a popularidade de Mário
Soares nas sondagens, sofrendo uma certa queda, manteve-se sempre elevada, ao
contrário da do primeiro-ministro e do Governo.
Acusações de interferência partiram também do interior do
próprio PS. Mário Soares foi referido por Vítor Constâncio (outubro de 1988)
aquando da sua demissão de secretário-geral, como tendo posto em causa a sua
autoridade no interior do partido. E o seu patrocínio, em 1994, ao congresso
“Portugal: que Futuro?” levou a acusações de estar a pôr em causa quer o
Governo, quer o então secretário-geral do PS, António Guterres, tentando
alegadamente pressionar este último, para que adotasse uma estratégia de frentismo
de esquerda.
Também mereceram críticas, o que alguns consideraram ser, o
excessivo número e aparato das suas viagens ao estrangeiro, no entanto
invariavelmente um sucesso mediático. Críticas aliás contrabalançadas por
outras ao não aproveitamento do seu prestígio externo pelo Governo.
Terminou o seu mandato corporizando o objetivo perseguido, pelos
líderes partidários desde o 25 de Abril, uma maioria parlamentar, um governo e
um presidente homogéneos, com a vitória do PS nas legislativas (01.08.1995). E
foi sucedido por outro socialista, que assumiu muito do seu modelo de exercício
da Presidência: poder moderador, arbitral, e supra partidário; frequentemente
caracterizado como tendencialmente “monárquico” pela sua busca de consensos e
pelo gosto pelo ritual político.
Com a saída da Presidência da República (março de 1996), assumiu
a presidência da fundação com o seu nome, que tem certas semelhanças com as
bibliotecas presidenciais americanas.
25
abril de 1975, foi a voz na oposição até ao 25 abri 74
No
verão quente de 75, ele e o General Ramalho Eanes colocaram o PC e o Otelo no
lugar, sem eles talvez tivéssemos uma ditadura comunista.
I
Mário Soares, primeiro-ministro
(I e II Governos Constitucionais, 1976-1978 de 23/7/ 76 a 23/1/78_
logo 17 meses
II
Mário Soares, governo constitucional de 23/1/ 78 a
/79_ logo XX meses
3- Governos de iniciativa presidencial; III, IV, V
III- Alfredo Nobre da Costa. O III Governo Constitucional de
Portugal tomou posse a 29 de agosto de 1978, sendo chefiado por Alfredo Nobre
da Costa e constituído por iniciativa do Presidente da República Ramalho Eanes.
IV- Carlos Alberto da Mota Pinto. O IV Governo Constitucional de
Portugal tomou posse a 22 de novembro de 1978, sendo chefiado por Carlos Alberto da Mota Pinto e constituído por
iniciativa do Presidente da República Ramalho Eanes.
V- O V Governo Constitucional de Portugal tomou posse a 1 de agosto de 1979, sendo chefiado por
Maria de Lourdes Pintasilgo, que já havia sido indigitada a 19 de julho desse
ano, e constituído por iniciativa do Presidente da República Ramalho Eanes.
VI- Sá Carneiro-AD-Aliança Democrática-Liderado pelo novo primeiro-ministro social
democrata Francisco Sá Carneiro , ex-ministro sem pasta, este governo é formado
e apoiado pela Aliança Democrática (AD) entre o Partido Social Democrata
(PPD/PSD), o Partido Centro Democrático Social (CDS ) e o Partido Popular
Monárquico (PPM)
VII- Francisco Pinto Balsemão. Este governo é liderado pelo novo Primeiro-Ministro Francisco Pinto Balsemão, por morte de Sá Carneiro e Amaro da Costa ( avião caiu saboatado).
VIII- Francisco Pinto Balsemão. O VIII
Governo Constitucional de Portugal tomou posse a 4 de setembro de 1981, sendo chefiado por Francisco Pinto Balsemão e constituído pela coligação formada pelo Partido Social-Democrata, o Centro
Democrático Social e o Partido Popular Monárquico. Terminou o seu mandato a 9 de junho de 1983, devido à demissão do Primeiro-Ministro
IX- Mário Soares_Primeiro-ministro IX Governo
Constitucional, 1983-1985);
Presidente da Fundação Mário Soares e conselheiro de Estado
(1996).
O I Governo Constitucional de Portugal tomou
posse a 23 de julho de 1976, sob chefia de Mário
Soares, sendo constituído pelo Partido Socialista, que
obteve a maioria dos votos (34,89% — 107 deputados) nas eleições legislativas de 25 de
abril de 1976.[1]
O Programa
do Governo foi apresentado à Assembleia da República no dia 2 de
agosto de 1976, tendo o debate decorrido dia e noite, apenas terminando dia 11
de agosto.
A 23 de janeiro de 1978,[2] terminou
o mandato do I Governo Constitucional na sequência da rejeição, pela Assembleia da República, de uma moção de confiança,[Nota 1][1] apresentada
pelo Primeiro-Ministro (Artigo
198.º da Constituição da República
Portuguesa[Nota 2]).
Após as eleições legislativas, realizaram-se as primeiras
eleições democráticas para a Presidência da República, por
sufrágio direto, a 27 de junho de 1976. As eleições foram vencidas por António Ramalho Eanes, um dos oficias que
apoiou o Grupo dos
Nove no 25 de Novembro.[3]
A 27 de junho de 1976, realizaram-se ainda as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e
para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, ambas
vencidas pelo Partido Popular Democrático.[carece de
fontes] A 12 de dezembro de 1976,
realizaram-se as primeiras eleições autárquicas,
vencidas pelo Partido Socialista. A partir deste momento, todas as instituições
democráticas passaram a estar em pleno funcionamento.[carece de
fontes]
A
22 de setembro de 1976, Portugal entrou para o Conselho da Europa e iniciou o processo
de adesão à Comunidade Económica Europeia.[carece de
fontes]
Além disso, o governo de Mário Soares teve que lidar com
questões políticas e sociais complexas, como a descolonização e a integração
dos territórios ultramarinos na África, que haviam sido colónias portuguesas.
O processo de descolonização foi
desafiador, mas o governo trabalhou para estabelecer relações pacíficas e
construtivas com os países recém-independentes.[carece de
fontes]
Portugal já foi intervencionado três vezes pelo
Fundo Monetário Internacional.
A primeira foi em 1977,
Mário Soares, depois do Gonçalvismo
Seguiu-se 1983 Mário Soares
depois da AD de Sá Carneiro e Pinto Balsemão.
Portugal pertence à União
Europeia há 37 anos. O Tratado de Adesão foi assinado a 12 de junho de 1985, no
Mosteiro dos Jerónimos. É Estado-Membro desde 1 de janeiro de 1986. Mário
Soares.
Por fim 2011-Sócrates, Governou a seguir Pedro
Passos Coelho
RESUMO DO TEMPO POLITICO DE MÁRIO SOARES
1- Luta contra comunismo, culminando no 25 de novembro de 75
2- Primeiro Ministro do I e II, governo; à volta de 2 anos só.
3- Salvou-nos da bancarrota, tendo ido de mão estendida ao FMI, da primeira em 77 depois do Gonçalvismo, e da segunda em 83 depois da AD.
4- O mais importante foi ele que negociou o acordo de entrada na CEE. e aqui nasce o ditado a ração não é para quem a talha, é para quem a come, neste caso foi Cavavo e Silva.
5- 10 Anos de presidência da Republica, onde passeou por todo o lado.
6- 3 Vez com FMI. Desta vez foi o Sócrates que gastou demais e roubou quanto pode.
7- Conclusão- Foi este homem que nos salvou por várias vezes, claro que também se orientou, mas ao pé destes lacraus dos tempos modernos, foi um menino do coro e não ía à missa.
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